
Por Ellen Tavares
Estudantes de todo o Brasil se preparam para o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e, ao longo de uma jornada de estudos, o treino da redação é primordial para alcançar a tão sonhada nota máxima ou a pontuação que esteja dentro dos limites e objetivos estimados por cada um.
Nesse contexto, algumas uma das atenções que deve ser o foco dos estudantes na redação do Enem é evitar – ou até mesmo eliminar – os erros de ortografia na hora de elaborar o texto dissertativo-argumentativo. Avaliados na Competência I da Matriz de Referência de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, os erros ortográficos podem fazer o vestibulando perder pontos sem necessidade.
A professora de redação, Klebia Sampaio explica que existem alguns equívocos que são mais comuns e como eles podem ser evitados.
Erros mais comuns de ortografia na redação do Enem
Ausência de coesão intraparágrafo e interparágrafos
Esse desvio ocorre quando o estudante não usa conectivos. Conectivos são palavras ou expressões importantes para interligar as frases, períodos, orações, parágrafos, permitindo uma harmonia de interpretação das ideias.
Alguns desses conectivos que podem ser utilizados são: conjunções, advérbios e pronomes; exercendo um papel fundamental para a coesão textual.
Equívocos na translineação do texto
No momento da escrita, os estudantes devem tomar cuidado com a translineação do texto, que é o ato de passar de uma linha para a outra na hora de escrever.
Geralmente, é utilizado o hífen (-) nesse caso, e o uso inadequado dessa pontuação demonstra desconhecimento por parte dos estudantes na hora da divisão de uma palavra pelo fato dela não caber em uma linha.
Uso indevido de “mas” e “mais”
Uma dúvida comum é quando usar o “mas” e “mais”. Mesmo que sejam palavras parecidas, os seus sentidos são diferentes.
As situações que exigem a conjunção “mas” são quando a frase tem sentido de oposição e, em seu lugar, pode ser colocada a conjunção “porém”. Já o uso do “mais” é utilizado quando expressa uma ideia de quantidade e intensidade.
Uso incorreto de pontuação
Os erros mais comuns de pontuação são os de inserção inadequada de vírgulas, ponto e vírgula, ponto final, entre outros sinais de pontuação.
Por isso, ter o conhecimento de como usar as pontuações faz com que haja menos erros. Nesse caso, o Vai Cair No Enem, projeto educacional parceiro do LeiaJá, ensina como aplicar os sinais de pontuação na prática. Confira:
Acentuação gráfica
Um dos desvios mais comuns são os erros de acentuação gráfica. Por isso, é importante revisitar os estudos das regras de como acentuar paroxítonas, oxítonas e proparoxítonas.
Emprego incorreto de homônimos
Na gramática brasileira, homônimos são palavras que têm a mesma pronúncia e grafia, mas possuem significados diferentes, como “há” e “a”, “mas” e “mais”. Atenção para esses casos.
Erros de concordância com o sujeito composto
O estudante precisa estar atento às regras de concordância de sujeito, bem como a conjugação verbal correta. As regras mais comuns são:
– Sujeito composto antes do verbo: esse último ficará no plural;
– Sujeito depois do verbo: esse último ficará no plural ou concordará com o núcleo do sujeito que estiver mais próximo.
Uso incorreto de formas verbais
Esse erro é muito recorrente, tendo destaque na conjugação de verbos, especialmente em tempos compostos ou irregulares.
O termo “onde”
O termo “onde” deve ser utilizado para se referir a lugares ou situações físicas, porém muitos estudantes utilizam para se referir a eventos temporais, em que o correto nessa situação seria usar “quando”.
Por que é importante evitar os erros ortográficos no Enem?
Segundo a professora Klebia Sampaio, o estudante ter a ciência de onde não cometer os erros ortográficos na redação do Enem é importante, pois a escrita sem desvios demonstra domínio da norma padrão da língua portuguesa.
“Para evitar a repetição dos mesmos desvios gramaticais, o estudante deve ler com atenção a correção, anotar os termos, períodos e expressões usados de forma incorreta. A autocorreção é uma das etapas mais importantes do desenvolvimento da escrita”, aconselha a docente.
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